Cláudia Costin, diretora de Políticas Educacionais da FGV, diz que é preciso ter flexibilidade no ano letivo para mitigar impactos das enchentes na educação
A diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, Cláudia Costin, destacou a necessidade de flexibilizar o calendário escolar no Rio Grande do Sul, após as enchentes que atingiram o estado.
De acordo com Costin, a situação atual é, em certo sentido, pior que a crise da Covid-19 em termos de impactos na educação, já que durante a pandemia os alunos podiam dar sequência ao seu aprendizado diretamente de casa. “Naquela época nós mandávamos cadernos para o aluno. O problema é que muitos alunos e muitos professores não têm mais casa”, explicou.
Continuidade das aprendizagens e saúde mental
Mesmo assim, a especialista ressaltou a importância de garantir a continuidade das aprendizagens, já que muitos estudantes perderam dois anos de aulas durante a pandemia. “É importante olhar pra saúde mental, tanto dos alunos quanto dos professores”, disse.
Costin elogiou a iniciativa do Rio Grande do Sul de priorizar, no retorno às aulas, atividades lúdicas para lidar com os danos emocionais dos alunos e professores.
Ela também defendeu a adoção de um “calendário expandido que talvez avance até o meio do ano que vem”, com flexibilidade para mitigar os impactos das enchentes na educação.
Oportunidade para “reconstruir melhor” a educação
A diretora vê a crise como uma oportunidade para melhorar a educação no estado. “Porto Alegre ainda não tem uma educação de excelência, deveria ter por ser capital”, pontuou.
Ela destacou que a rede estadual já vinha melhorando seu desempenho, e que a situação atual deve ser aproveitada para “reconstruir melhor a educação” no Rio Grande do Sul.
(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)
Fonte: CNN Brasil