Sem luz, sem água e sem comércio, Sinimbu está no escuro desde abril

Brasil

Chuva fez o rio que corre ao lado da cidade transbordar e município gaúcho de menos de 10 mil habitantes sobrevive graças à ajuda de voluntários

As chuvas que devastaram o vale do rio Taquari atingiram em cheio a pequena Sinimbu, de cerca de 10 mil habitantes, no último dia 30 de abril. A cidade, que fica ao norte de Santa Cruz do Sul, tem um centro urbano e comunidades rurais e viu todo seu comércio ter de ser fechado depois de deslizamentos que arrastaram postes, paredes, pontes e carros.

São 120 estabelecimentos que passaram a primeira metade de maio sem voltar a funcionar. Farmácias, lojas de roupas, mercado, salão de beleza, agências bancárias, restaurantes e posto de combustível. Enquanto nada funciona em Sinimbu, os moradores se juntam para contar as perdas, limpar as casas e receber a doação de voluntários. São 135 famílias desabrigadas ou desalojadas.

“Praticamente toda infraestrutura da cidade baixa foi destruída. A rede de abastecimento de água e luz foi totalmente danificada, os postes foram jogados pela enchente para o outro lado da rua”, conta à CNN a prefeita Sandra Backes.

“A cada vez que a gente consegue acessar mais uma localidade, a gente se depara com um cenário de guerra, de destruição, a água subiu muito rapidamente”, completa ela.

Na agricultura, a cidade vive da produção de tabaco, mas terá que fazer um estudo técnico para recuperação do solo. O Sinditabaco, que representa os produtores, foi acionado para dar suporte ao município.

“A situação que jamais vai sair da minha mente é a cena de ter visto uma pessoa pedindo ajuda para ser resgatada e você se sentindo tão impotente de não poder fazer nada”, afirma a prefeita.

Sandra avalia que a partir desta quinta-feira (16) alguns serviços como farmácias e um posto de gasolina já devem voltar, aos poucos, a operar. Por enquanto o pavilhão da comunidade evangélica está servindo para receber e distribuir as doações que chegam a Sinimbu.

“Nós como gestores que estamos na linha de frente precisamos mostrar muita esperança para que as pessoas possam reconstruir a sua vida e seus sonhos”, defende Sandra.

Fonte: CNN Brasil

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