Bolsa sobe 1,2% na semana após sequência de recordes; dólar vai a R$ 5,47

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Presidente do banco central americano disse que “chegou a hora” de cortar os juros nos EUA

O Ibovespa retomava o viés positivo nesta sexta-feira (23), recuperandando a queda da última sessão após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que “chegou a hora” de o banco central dos Estados Unidos cortar os juros. Na semana, a bolsa acumula ganho superior a 1%, depois de uma sequência de recordes.

O Ibovespa fechou em moderada alta de 0,32%, a 135.608,47 pontos. Na véspera, o Ibovespa caiu quase 1%, em dia de realização de lucros, após renovar máximas históricas nos pregões anteriores. Com o desempenho desta sexta-feira, acumula na semana um ganho de 1,23%, ampliando o de agosto para 6,23%.

Já o dólar encerrou a sessão em baixa de 1,97%, cotado a R$ 5,479. Mesmo assim, na semana a moeda acumula alta de 0,22%.

O rali recente na bolsa paulista tem como suporte o fluxo de capital externo, com uma entrada líquida de R$ 7 bilhões em agosto até o dia 21, estimulada principalmente pelo aumento das apostas na redução dos juros norte-americanos.

Nesta sexta-feira, Powell possivelmente eliminou qualquer dúvida que ainda pudesse pairar nas mesas de negociações ao afirmar que “chegou a hora de ajustar a política (monetária)” norte-americana.

“A direção a ser seguida é clara, e o momento e o ritmo dos cortes nos juros dependerão dos dados que chegarem, da evolução das perspectivas e do equilíbrio dos riscos”, afirmou no tradicional simpósio de Jackson Hole.

Falando sobre as duas metas que o Fed é encarregado pelo Congresso de atingir, Powell disse que sua “confiança cresceu de que a inflação está em um caminho sustentável de volta para 2%”, enquanto o desemprego está aumentando.

Na visão do economista Francisco Nobre, da XP, as apostas já sinalizavam que o Fed começaria o ciclo de flexibilização monetária na reunião de setembro, mas sem consenso se iniciando com um corte de 0,25 ou de 0,50 ponto percentual.

“Nesse sentido, o discurso dele (de Powell) deixou essas duas possibilidades bastante em aberto”, avaliou.

Para Nobre, dada a ênfase de Powell de que o Fed não tolerará um enfraquecimento adicional do mercado de trabalho, o próximo relatório de emprego, previsto para 6 de setembro, pode ser decisivo para consolidar as apostas sobre o ritmo do corte.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed se reunirá nos dias 17 e 18 de setembro para decidir sobre os juros, atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%, com a decisão sendo conhecida no segundo dia do encontro.

Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 1,15%, enquanto o rendimento do título de 10 anos Tesouro dos EUA marcava 3,799% no final da tarde, de 3,862% na véspera.

Fonte: CNN Brasil

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