Desmatamento no Brasil teve queda de 11,6% em 2023, aponta estudo

Educação

Relatório Anual de Desmatamento (RAD) indica que Cerrado passou a Amazônia e se tornou o bioma mais desmatado no Brasil.

Levantamento divulgado nesta terça-feira (28) pelo MapBiomas revela que o Brasil teve 1.829.597 hectares de vegetação desmatados ao longo do ano passado. O número é 11,6% menor do que em 2022, quando o total registrado foi de 2.069.695 hectares.

O Relatório Anual de Desmatamento (RAD) indica que Cerrado passou a Amazônia e se tornou o bioma mais desmatado no Brasil. Do total das áreas desmatadas em 2023, 31% estavam no Cerrado e 25%, na Amazônia.

Segundo o Mapbiomas, chama atenção o fato de que o desmatamento vem se concentrando na região chamada de Matopiba, formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que responderam por 47% da perda de vegetação no Cerrado no ano passado.

Três em cada quatro hectares desmatados no Cerrado em 2023 foram no Matopiba. O estado onde as áreas destruídas mais cresceram foi o Maranhão, com um aumento de 95,1%, totalizando de 331.225 hectares de vegetação perdida. Na sequência, vem a Bahia (290.606) e Tocantins (230.253), respectivamente, como estados que mais desmataram a região.

Com exceção do Piauí, São Paulo e Paraná, todos os outros estados do Cerrado registraram aumento do desmatamento em 2023 na comparação com 2022. No caso do Maranhão, Tocantins, Goiás, Pará e Distrito Federal, a área desmatada mais do que dobrou.

A coordenadora do Mapbiomas Ane Alencar afirma que “o Cerrado, que já perdeu mais da metade de sua vegetação nativa, passou a ser o protagonista do desmatamento no país, o que torna essa condição ainda mais preocupante”.

Na Amazônia, a área desmatada em 2023 foi de 454,3 mil hectares, tendo uma queda de 62,2% em relação a 2022. Houve redução em todos os estados, exceto no Amapá, que teve aumento de 27%.

O dia com maior área desmatada em todo o país, em 2023 foi em 15 de fevereiro, quando a estimativa é de que uma área equivalente a quase 6.000 campos de futebol foi destruída em apenas 24 horas.

A CNN procurou o Ministério do Meio Ambiente, mas ainda não obteve retorno.

  • Sob supervisão

Fonte: CNN Brasil

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